A qualidade dos espaços urbanos públicos, agregadores e catalisadores da vida social, sempre foi central na classificação positiva – ou negativa – da vida em uma cidade. Esses espaços acolhem festas populares, feiras, manifestações culturais e políticas. Com maior ou menor limitação, a depender do contexto histórico, são campos abertos para experiências coletivas, sociais. 
A pandemia de covid-19 que atravessamos trouxe a necessidade do isolamento social em espaços privados, pondo em xeque a apropriação dos espaços públicos que tendem a se tornar “não lugares” ou lugares inviáveis, indesejados. Essa oficina se propõe a refletir sobre a importância desses lugares quando ocupados, vivenciados e reconfigurados socialmente para alcançar a invenção de um futuro possível, no qual retomamos esses espaços para celebrar a potência do encontro e comemorar a vida. 

“Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. É enriquecer nossas subjetividades, que é a matéria que este tempo que nós vivemos quer consumir.  (...) Então vamos vive-las com a liberdade que formos capazes de inventar, não botar ela no mercado.” (KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo, p.16)

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